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25 de Abril de 2024

“Caça-níquel”: após crítica de Bolsonaro, presidente da OAB diz que exame protege o cidadão

Depois de o presidente Jair Bolsonaro dizer que a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não existiria se dependesse dele, o presidente da entidade, Felipe Santa Cruz, afirmou que o exame é uma forma de proteger o próprio cidadão. A prova da Ordem, segundo Santa Cruz, mede a capacidade jurídica do candidato a advogado, que é o “defensor dos direitos elementares” da população.

Mais cedo, em tom de crítica, Bolsonaro afirmou que, se dependesse dele, a carteirinha da OAB não seria exigida para advogar. “Não pode a pessoa se formar e não poder trabalhar”, disse o presidente a um apoiador, diante do Palácio da Alvorada. A declaração foi feita após um simpatizante de Bolsonaro formado em Direito comentar que estava atuando como motorista de aplicativo enquanto aguardava para fazer a prova da OAB.

“O exame de Ordem tem como finalidade atestar a capacidade jurídica dos formandos em Direito, para proteção do próprio cidadão, que tem no advogado o defensor dos seus direitos elementares: do direito à vida, à saúde, à defesa, à propriedade”, disse Santa Cruz ao Estadão/Broadcast. O presidente da OAB destacou que a prova estabelece critérios básicos de conhecimento para exercício objetivo da profissão e defesa da cidadania.

Esta não é a primeira vez que Bolsonaro se mostrou contra a existência do exame da OAB. Desde que era deputado federal, ele tem criticado a obrigatoriedade da prova. Em maio, Bolsonaro chegou a comparar o exame a um “caça-níquel”. Quando era parlamentar, propôs, em 2007, um projeto de lei pedindo a extinção do exame. O texto foi apensado a outros e chegou a ser arquivado três vezes. No momento, continua parado na Câmara.

Ensino superior

Santa Cruz afirmou, ainda, que a exigência da carteira de advogado é necessária diante da quantidade e pouca qualidade de cursos superiores de Direito. “A exigência (da prova) se faz ainda mais indispensável diante da falta de critérios do Ministério da Educação para impedir a proliferação indiscriminada de cursos de Direito no País, o que tem permitido o funcionamento de cursos sem qualquer qualidade, com a consequente formação de bacharéis que não conseguem ter a mínima qualificação necessária”, disse ele.

Fonte: Estadão

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10 Comentários

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Sinceramente, cada um dará conta de si , terminou faculdade tem que trabalhar fazer prova coisa nenhuma, 5 anos jogado fora, pra que faculdade se voce tem que fazer uma prova modalidade concurso fala sério , em quanto voce na passa vai ter que ficar pagando R$ 260,00 REAIS até passar, desempregado vai tira da onde esse dinheiro , MÉDICO SE FORMA TEM EMPREGO, ENGENHEIRO SE FORMA TEM EMPREGO , falando sério nem perco tempo com pessoas que diz se a favor dessa prova estúpida. continuar lendo

Amado e futuro Dr. Carlos!

O fato de uma pessoa terminar uma Faculdade deveria sim ser sinal de um conhecimento à altura; mas o amado acha mesmo que na prática todos sem exceções, que terminaram uma faculdade estão aptos a exercer a profissão que o curso propõe...!?

Quantos maus profissionais temos visto mundo afora, existem exemplo e mais exemplo de maus profissionais e não estou falando de um deslize no sentido de se ter cometido um erro por descuido, mas daqueles que pelo que me parece, não aprenderam o suficiente...

Aliás, não sei se o amado é casado, mas deixaria um ente querido seu ser cuidado, ser tratado por um médico que tenha sido negligente em sua residência médica!?

Um abraço amado e fica com “DEUS”...

Rogério Silva continuar lendo

Concordo! Se o Advogado fica responsável por defender os direitos do outro que lhe confiou, o médico é responsável para vida do outro que também lhe confiou, ou seja, o maior direito resguardado pela carta magna. Me formei em 2013, e com 3 tentativas não consegui a carteira da ordem, algumas vezes por condição financeira outra por nervoso e não conseguir se concentrar. Hoje atuo home office para advogados com carteira da ordem que não sabe escrever ou porque decorou somente as provas para passar. Resumidamente, a prova não serve para selecionar os capacitados, pode até ser a intenção, contudo na prática não funciona assim. Colegas de sala, com carteira da ordem, não consegue cliente e nem parcerias porque não sabe montar um processo. Sendo assim, sou obrigada a concordar. Prova estúpida. continuar lendo

Na verdade o que devemos considerar são os reais motivos da existência, desta famigerada prova, que é cara e tremendamente extenuante, pois é proposta em dois sertames, a maioria dos que à defendem, sequer foram submetidos a ela, pois em sua época, era exigido apenas estágio probatório, contudo se acham legitimados a defender a legitimidade de tal, concurso, que se presta como excelente ferramenta de dominação e reserva de mercado, utilizada por ésta entidade, que com orgulhoso os integrantes, dizem não saber definir, pois trata-se de uma exceção, não é uma autarquia do serviço público, contudo, dispõe de todos os privilégios de uma, para o STF, é uma entidade independente, ou seja, um clássico brasileiro, uma jabuticaba. Também não se presta a verificar o conhecimento jurídico, uma vez que os questionamentos, trazidos em suas provas, são sempre a exceção da exceção, sem contar, que exige do candidato um conhecimento, em todas as áreas do direito, Penal, Civil, Trabalhi3, etc. Como se o profissional do Direito fosse atuar em todas as áreas, daí surge outras interação, se irei atuar no direito Trabalhista, porque, tenho que ser testado na minúcia do Dir. Penal, a resposta é muito óbvia a intenção não é testar e sim, reprovar, ainda existem os eruditos da "decoreba", são aqueles que aparecem defendendo a prova, pois passaram semanas a fil decorando, frases e números que de fato, não lhes dizem nada, porém os levam a aprovação, são estes os profissionais, "maravilha", que sabem tudo estando prontos para defender a sociedade, é claro contratando outros para fazer o seu trabalho, ou produzindo as "pérolas", de peças que vemos circular em nosso sistema judiciário. continuar lendo

Dr. Fábio Gomes!

Com suas colocações o amado crer que possa se perguntar por exemplo:

1 - se não vou ser um historiador, porque tenho que estudar história em meu ensino médio ou superior, aliás, existe uma disciplina chamada “História do Direito”!?
2 - se não vou ser um matemático porque tenho que estudar matemática!?

Ou ainda:

3 - se não vou ser professor de português porque tenho que estudar português!?

O que o amado me diz!
Vamos lutar para retirar estas disciplinas e deixar o Brasil a nível mundial a ter a pior educação do mundo, tanto a nível médio quanto a nível superior!

Creio eu que devemos parar por aqui não acha amado!?

Uma abraço amado e fica com “DEUS”...

Rogério Silva continuar lendo

Pois é, amados!
Terminei meu ensino médio como Técnico Contábil, tive excelentes professores e sou grato aos mesmos por tudo; mas ao término, conhecia muito pouco a prática ou quase nada, muito disso, devido à pouca carga horária e ou ao programa, mas nunca dos professores. Aliás, vi muito pouco da prática. Se na época não fosse duas coleções que tive que comprar, relacionadas a meu curso, fora outros livros, a exemplo de; a coleções de Milton Augusto Walter: “Introdução a Contabilidade” e “Introdução a Análise de Balanços”; além de “Contabilidade Comercial” de Sérgio de Ludícibus e José Carlos Marion; “Matemática Financeira Fácil” de Antônio Arnot Crespo; "Matemática Comercial & Financeira" de Walter Spinelli e Maria Helena de Souza Queiroz, dentre alguns outros, eu não teria passado no exame de suficiência do CRC/RN; apesar dos excelentes professores que tive! E desta forma, eu não teria tirado minha carteira de Técnico Contábil, hoje suspensa por não exercer a profissão...

Na verdade, órgãos desta natureza e exames como esses, não são apenas necessários, são imprescindíveis...

Rogério Silva continuar lendo

Seu comentário não tem argumentos, somente história e opinião. continuar lendo

Oh, Amado Gabriel!

Me desculpe se lhe deixei ofendido, não era está a intenção, te garanto. Mas o que exatamente ofendeu ao amado!?
É porque o amado não viu o número de meu registro do CRC/RN, se este for o problema por favor me avisa que eu colocarei em outro comentário...!

Agora deixa eu tentar explicar o que claramente o amado não entendeu!
Quando me referi a minhas experiências, foi para mostrar a quem interessasse saber, que o fato em questão ocorreu comigo e a nível médio, pois terminei meu ensino médio sem muita qualificação e sei que isto também corre em nível superior onde tem gente que tem mais de uma graduação e as vezes até uma pós-graduação; mas claro que não são todos, mas que até hoje, não consegue interpretar um simples texto e muito menos analisar a semântica do mesmo.

Foi exatamente neste sentido amado, que fiz referência a minhas experiências, para mostrar que o fato de termos terminado um curso seja este em que nível for, tecnólogo, superior ou simplesmente um curso técnico, muitas vezes não nos qualifica para o propósito do mesmo. Aliás o amado já ouviu falar em “sabatina”, pois é, então o amado deve saber que quando ela é exigida é porque há uma extrema necessidade de competências e conhecimentos, seja este técnico, científico, histórico ou outros quaisquer...

Um abraço amado e fica com “DEUS”...

Rogério Silva continuar lendo